Estruturação do financeiro é o 1º passo para que sua empresa seja competitiva
Para os iniciantes, ir na direção certa custa menos tempo e dinheiro do que corrigir um problema posteriormente.
O departamento financeiro afeta todas as áreas de uma empresa pela sua centralidade e importância – ainda mais para empresários que estão começando o próprio negócio. Considerado o verdadeiro “combustível” do empreendimento, ele deve ser muito bem pensando para que os processos aconteçam dentro do planejado. O ideal é ter em mente a resolução de problemas antes que eles aconteçam – ou ainda identificar gargalos que possam drenar as energias de um jovem negócio. Nessa direção, estruturar o financeiro é o primeiro passo para a sustentabilidade, afinal, o sucesso de um escritório de advocacia ou de qualquer empresa começa indo além da capacidade técnica. Passa pela gestão – cada vez mais uma ferramenta que fortalece e impulsiona um administrativo organizado.
Quem está começando seu próprio negócio não deve abrir mão da busca constante pela qualidade e pelas melhores formas de se obter excelência empresarial. A considerar a importância do departamento financeiro como o grande espelho da empresa, é importante prestar atenção em tudo. Conforme a especialista em precificação e finanças Beatriz Machnick, o financeiro reflete todas as questões que envolvem o negócio: “uma atuação jurídica, por exemplo, não pode ser ofuscada pela desorganização das demais áreas de apoio do negócio; tudo deve ser impecável: da recepção da secretária até o recebimento de honorários e a prestação de contas”, explica.
Mensurar tempo gasto nas funções e tarefas, de onde veio a receita, os custos, despesas, perdas e inadimplências permite o controle e reduzir as incertezas. “As metas são fundamentais nesse sentido, elas clarificam os objetivos da empresa e deixam palpáveis os anseios e aonde se quer chegar. Ao ter em mente o caminho a ser percorrido, o empresário obtém melhores resultados nas finanças e consegue corrigir eventuais falhas no percurso.”
Caso haja dificuldade interna em organizar e montar o próprio financeiro, Machnick indica a terceirização. “A eficiência deve ser perseguida sempre e pode ser muito benéfico para a empresa contar com especialistas na execução e gestão de atividades meio. O que libera o tempo dos sócios, por exemplo, para a atividade fim do negócio”, orienta.
Confira três dicas da especialista para estruturar o financeiro:
Metas – Tudo deve estar na ponta do lápis, principalmente para visualizar os números de uma forma que fiquem claros, especialmente nas fases iniciais de trabalho.
Perspectiva – a perspectiva alimenta a esperança e a percepção de futuro da empresa. É fundamental pensar a médio e longo prazo. Chamamos a atenção para o fato de a visão plena nos negócios ser fundamental no planejamento e para a resiliência com os altos e baixos que todo negócio tem. Buscar capacitação técnica é outra estratégica promissora para manter o controle total da administração.
Controle emocional e psicológico – a maneira com que lidamos com o negócio e a qualidade das emoções são muito importantes para as decisões e obtenção de bons resultados. Assim, adotamos medidas prévias e não demoramos para reagir a possíveis problemas. Preparar-se da forma que o negócio exige evita que gargalos surjam mais adiante.
Concluímos com outro conselho para os iniciantes: “converse com pessoas que talvez estejam mais à frente na caminhada, que podem indicar possibilidades que, às vezes, pela maturidade do negócio, não tenham ocorrido ainda. Uma coisa que ouço muito nos feedbacks dos nossos clientes é sobre a necessidade de uma visão de fora do negócio, baseada no aspecto racional”, indica, ao salientar que a “direção é mais importante que a velocidade”.
Por Beatriz Machnick
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